O Microfone
Através do meu fraco Microfone
Vou conversando com aqules que me escutam
Por favor agora não telefone
Temos temas que se disputam
Neste pobre desgraçado
Já se ouvio boas noticias
De vez em quando fica estragado
Quando estas são despercebidas.
Há quem canta
Há quem chora
Há quem manda
Tudo em cima da hora.
Pontapés de gramática
Meus Deus mas que aflição
Saber falar como um autártica
Talvez seja boa licção.
Neste microfone meu
Já muito se fez
Deu-se aquilo que era seu
E nunca se pensou no talvez.
Talvez, sim ou não
Muitos foram os passatempos
Geralmente em tempo de verão
Para não haver contratempos.
Cartas sobre a mesa
E o Microfone valente
Sempre pronto pra sobremesa
Venha o que vier pela frente.
Agora já velho e sujo
Peco desculpa por todas as minhas mal ditas
Não quero ficar no escuro
Quero sim, umas bem escritas.
Vou desligar o botão
Agora fico mudo
Você irá pedir perdão
Pois não quere ficar surdo.
João Manuel Dias, 8 de Outubro de 2002